
Um dos fatores mais importantes do câncer colorretal é que seu rastreamento por colonoscopia não só detecta sua lesão precursora, o pólipo, mas também permite a retirada dessas lesões durante o exame.
A polipectomia – ressecção do pólipo – é rotina nos serviços de endoscopia. Quase a metade dos pacientes acima de 45 anos que realizam a colonoscopia para rastreamento tem pólipos. No entanto, é preciso se atentar para um dos indicadores de qualidade dos serviços de colonoscopia: a taxa de detecção de pólipos, que deve ser alta, em torno de 40%.
Muitas dessas lesões, em especial as maiores ou que apresentam algumas características morfológicas necessitam de técnicas mais avançadas de ressecção. A mucosectomia ou ainda a dissecção submucosa são técnicas terapêuticas avançadas que permitem a retirada de lesões que outrora teriam indicação cirúrgica formal.
A expertise terapêutica na área avança a cada dia, pois muitos dispositivos tecnológicos tem sido desenvolvidos para uso endoscopico permitindo a ressecção segura destas lesões.
Não há dúvida que a colonoscopia seja a melhor arma que temos disponível para reduzirmos o número de casos de câncer colorretal. Porém, a colonoscopia deve ser de qualidade, em serviços com estrutura apropriada e com profissionais treinados em rastreamento de lesões precursoras e com capacidade técnica para a remoção das lesões.