
Em um passado recente, o uso de medicação para emagrecer envolvia um risco elevado para um benefício na maioria das vezes questionável. Muitas medicações foram retiradas do mercado por conta dos seus efeitos colaterais inaceitáveis.
Felizmente, o tratamento farmacológico da obesidade tem avançado. Novas medicações já disponíveis no mercado conseguem atingir perdas de peso clinicamente relevantes. Além da redução de peso, essas novas medicações tem demonstrado uma melhora no perfil metabólico geral dos pacientes, com avanço nos indicadores de saúde e de qualidade de vida. Talvez isso seja o grande diferencial das novas medicações, pois o tratamento da obesidade não deve se ater somente a perda de peso. Tratar a obesidade é muito mais que “emagrecer”.
Nesse sentido, um dos pontos levantados é como tratamentos farmacológicos desenvolvidos seguindo as normas da Medicina baseada em evidências, com aprovação de agências regulatórias e estudos clinicos bem conduzidos, são frequentemente confundidos e intercambiados com tratamentos sem qualquer respaldo científico e potencialmente perigosos, desde formulas manipuladas a ervas vendidas na internet, soros e injeções produzidos sem qualquer preocupação sanitária e de saúde. Muito do estigma do tratamento também se deu por medicamentos antigos que se mostraram com relação risco-benefício ruim, além de muitas medicações nas últimas décadas terem sido descontinuadas por conta de efeitos colaterais inaceitáveis.
Apesar dos avanços, o custo elevado destas novas medicações ainda é uma grande barreira.
Mas é importante ressaltar que o tratamento da obesidade vai muito além de medicações ou até cirurgias, e a mudança no estilo de vida segue como a pedra fundamental.
Por isso, consulte sempre um especialista para uma avaliação clínica e acompanhamento no processo de perda de peso.
Fonte: ABESO e SBEM